12/01/2011

Presente de grego


Quem vê essa mãezinha atenciosa que se apossou de um velho vaso de xaxim da casa de minha mãe para nele chocar seus ovos, pensa: "Oh que amor!!! Coisa mais bonita!" Foi o que também pensamos desde sua primeira ninhada que aliás, não registrei em fotos. Desta vez peguei a máquina e fotografei ela e um de seus filhotes que aliás quando recém-saídos do ovo são horrendos! Coitados! O quadro da dor!
Pois bem. Acompanhamos todo período de gestação. Macho e fêmea se revezam no ninho, acreditem! São solidários e dividem tarefas domésticas e por duas semanas a rotina é a mesma. De repente os ovos abrem e saem aqueles seres horripilantes. Só têm olhos, os coitadinhos. Um montinho de penas amassado e dois pares de olhos de assustar. Dalí em diante o vai-e-vem do casal é constante porque há que prover alimento para os rebentos. Adivinhem como é que fazem??? Alguém tem idéia? Nojento também: a mãe regurgita (é, vo-mi-ta!) na boca dos pequenos e eles fazem a maior festa. Só de ver aquela cena meu estômago dava voltas. Enfim, coisas da natureza e cada gênero tem suas excentricidades!
Well.. mais ou menos depois de uma semana neste vai-e-vem ao ninho com food, os "meninos" começam a tentar bater asas. Desajeitados, inseguros, mas é o destino deles: voar em seguida.
E é o que acontece. Lá se vão eles para um galho de árvore mais próxima que encontram e por lá ficam um ou dois dias. Sempre supervisionados pelo casal de pais orgulhosos.
Bom...
agora "o presente de grego" que eu coloquei na chamada do post:
sairam do ninho improvisado e esqueceram de levar os piolhos! O que aconteceu?? A piolhada em peso foi procurar vítimas para se alimentar no caso nós, os gentis senhorios dos pombos. Céus! O estrago que esse ser minúsculo faz na gente não tá no gibi! Ficamos vários dias num coça-coça sem sabermos o que afinal estava acontecendo. Até juntarmos todas as peças do quebra-cabeça já estavamos tomados de picadas pelo corpo principalmente onde as peças íntimas têm elástico. Assim, na virilha, bumbum e no meu caso ainda em toda circunferência do soutien tomada de bolotas vermelhas que coçam barbaramente. Banhos frios com SABOFEN mais um creminho para aliviar a sensação da coceira é o que o farmacêutico me receitou quando no no auge do meu desespero fui consultá-lo.
Resumindo a história: nunca mais pombos se atreverão a tomar emprestado qualquer vaso suspenso por aqui para neles chocarem seus ovos. Vou expulsá-los solenemente sem dó nem piedade.


6 comentários:

Celia na Italia disse...

Beth
Sabia da praga que são os piolhos vindos dos pombos mas nunca tinha ouvido um relato tão próximo.
Concordo com vc, nada de deixá-los procriar num vaso perto de casa.
Podem ser bonitinhos mas a peste agora esta a solta e precisa ser eliminada.
Pobrezinha de vc!

Angela disse...

Apesar do "presentinho" deixado, a natureza é bela!!! Quando eu morava no Brasil, encontrei um filhote no gramado do meu jardim, pelado, sem pena alguma. Achamos que deveria ter caído do ninho. Nao conseguimos achar o ninho e cuidei dele por 1 semana. Comprei papinha para aves e, com um palito de dente, empurrava goela abaixo do bichinho. Eu adorava o "Freud" (nome que dei à ele).Infelizmente, morreu. Precisava do calor da mae. Chorei feito uma maluca!
Espero que resolvam a questao dos piolhos, sao desagradáveis mesmo. Boa sorte! Beijos (vc recebeu meu cartao de Natal?)

JR disse...

Uma boa continuação da trama anterior

Beth Kasper disse...

Celia e Angela!
Valeu a solidariedade. Aprendemos a lição podem crer.
Angela, qto ao cartão de Natal, até o Ano Novo qdo. estive em Porto Alegre ainda não havia recebido. Talvez agora, quando for ele estará na minha caixa de correspondência me esperando.
Obrigada e beijos às duas

Beth Kasper disse...

Jonas!
obrigada amigo!

Claudio Boczon disse...

é, a natureza tem dessas coisas... rsrs

bom 2011 para ti.