25/05/2009

Hora do graveto*




* Quando menina minha tarefa diária de fim-de-dia, era a de juntar gravetos para iniciar o fogo do fogão à lenha da casa de minha avó. Responsabilidade minha. Aproveitava a tarde toda para brincar e ia protelando esta minha obrigação até quando o dia estava se despedindo. Uma hora melancólica porque no dia seguinte, antes de poder brincar novamente, teria que ir ao colégio (blergs... eu detestava) e depois do almoço, secar a louça, fazer meus temas e estudar para só depois poder sair a brincar. Este tom de luz do fim do dia passei a chamar de A Hora do Graveto. Fim de dia para mim até hoje é Hora do Graveto, um déjà-vu. Uma sensação nada agradável e que sempre que possível procuro evitar, ficando longe da rua. Não gosto dos "anoiteceres".


4 comentários:

Lina Faria disse...

Boa história, Liz.
Do joelho, já estou ótima. Era menos que o diagnostico, acho.
Já esta cariátide , tá lá. Fotografei tb. o edificio da Globo na Praça 15.
Flanar é mesmo preciso.
bj.
Lina

Sergio LdS disse...

Liz, grande postagem. Hora do Graveto .... Para mim, hora da bronca. Hora que voltava para casa depois de uma "pelada" com os amigos. Nem precisa explicar mais nada.
Bjos.

Marcelo Amorim disse...

Ah, Liz, eu gostei demais dessa coisa da "hora do graveto". Tirando tudo que você contextualizou, o nome é lindo pra esse momento do dia que, apesar de melancólico, é fantástico. Especialmente no outono, pela cor do céu em certos dias, como neste que você registrou, e também pelas grandes aves, que desandam voar de volta pros seus ninhos. E os pássaros, então, cantam até não poder mais. Pensando aqui... será que eles não estão reclamando porque no dia seguinte vão ter que ir pra escola?

Cynthia Lopes disse...

Liz, adorei a "hora do graveto", carregada de afetividade, reminiscências... bjs