Pavia I

Pavia, localizada a 35 km de Milão, banhada pelo Rio Ticino, ao norte do Rio Pó, tem uma área de 62km2. Foi capital do Reino Lombardo durante a Idade Média e, portanto, como o restante das cidades italianas que conheci, muitos prédios e monumentos históricos para serem vistos.

No meu último dia na Italia, um domingo, com temperatura lá no alto, tive oportunidade de vê-la e também sua província - Certosa di Pavia - onde existe um famoso mosteiro e uma monumental catedral. Nesta postagem mostrarei alguma coisa que registrei da cidade. Certosa di Pavia terá uma postagem em separado.

Estacionamos o carro nas proximidades desta praça.
Estranhíssima!
Não me senti confortável nela. Não sei porque! Para completar, um ancião que parecia saído de um conto de Mil e Uma Noites, vestido de uma maneira estranha e com um turbante escuro na cabeça, sentado em um dos bancos- imóóóvel!!!
Santo Deus!
Mais adiante, uma bicicleta que parecia ter sofrido o processo de osmose e que já fizesse parte da grade de ferro que cercava aquele tóten com esculturas assustadoras, mais estranhas ainda.
Enfim. Desconfortável o ambiente!

Olhem as raízes de uma das árvores da tal praça desagradável!!!!!!!
Não parecem garras prontas para dar o bote????

Próximo desta praça, um castelo ( outro!!!) - O Castello Visconteo - que não pude fotografar além das duas fotos que aparecem aí acima. Simplesmente não deixavam as pessoas passarem além do local onde fiz as fotos. Também, pudera!!!! Depois de sair daquela praça lúgubre!
Ao pesquisar mais tarde sobre o Visconteo soube que ele foi construído a mando da mesma família - os Visconti - que construiu o Sforzesco em Milão. Daí talvez serem parecidos externamente.

Logo descobri porque impediam a entrada das pessoas. Uma caravana vestida a rigor - também parecendo voltar da Idade Média - começa um desfile ao som de tambores, saindo do castelo, caminhando pela rua afora. Num completo silêncio, sem sorrisos. Nossa! Ritual muito estranho!

Saindo em busca de outros locais encontramos perfeitos cenários medievais. A cidade parece ter parado no tempo. Nada que denuncie que estamos no século 21. Apenas os carros que por lá rodam nos provam que estamos, sim, na nossa era e que não voltamos ao passado.

Vielas estreitas, sacadas e janelas floridas sempre!
E em Pavia não foi diferente.

Uma observação:

Só me dei conta das sensações estranhas que Pavia provocou em mim agora, relembrando e descrevendo o dia naquela cidade. Atenção, portanto, Dado e Célia: isto aconteceu só na praça. O restante da cidade não provocou nada estranho em mim. Absolutamente! Tinha Certosa di Pavia que me esperava e a companhia de vocês três...
Mais adiante retomo a cidade de Pavia porque ainda há coisas interessantes para serem mostradas.

Mais fotos de Pavia AQUI

Milão VII

Parque Bocconi e
Università Luigi Bocconi

Nas proximidades da residência dos meus anfitriões também tinha o que ser conhecido. Como o Parque Bocconi e a Universidade. A primeira vez, claro, fui até lá com Célia e Eduarda. O parque é lindo. Árvores imensas (ciprestes e plátanos, na sua maioria), espaço reservado para as pessoas deixarem seus seus cãezinhos, recreação para crianças, enfim, um lindo local de lazer repleto de verde.

Próxima dalí, a Università Luigi Bocconi

uma das mais importantes universidades de administração da Europa,
a SDA Bocconi School of Management.

onde, em uma das paredes tinha este graffiti:
"In US we trust"

:o(

Na mesma calçada da Università, um dos locais do BikeMe a Milano
onde, aliás, pegamos a bicicleta quando saimos a pedalar pela cidade e que já mencionei numa postagem anterior.

Instante bem aproveitado

Comentei com SérgioLdS que cheguei à conclusão de que ao fotografar devemos estar tranquilos, serenos. Daí, consequentemente o resultado vai espelhar exatamente esta tranquilidade. Diante de muitas "informações" amadores como eu, ficamos atordoados! As fotos saem às pressas, parecendo que o que queremos registrar vai fugir naquele instante tal é a urgência. A consequencia é exatamente esta: a foto sai incompleta.
Nesta daí, parei para tomar fôlego quando subia ladeira/pirambeira acima em Bergamo. Passei o olho, as sombras projetadas e vi que estava lá o cenário perfeito para uma foto. Acho que ficou razoável e que minha teoria está certa: nada de pressa ao fotografar!

Retomando as coisas da terrinha

Aos sábados, é ponto pacífico ir até o Bom Fim para um passeio pela Feira Ecológica onde também acontece a venda dos produtos feitos pelos índios guaranís, as cestarias de diversas formas e tamanhos antes de almoçar nas redondezas.

Depois, enquanto fazemos a digestão, caminhar ao largo da feira para ver o movimentar-se das pessoas e para tomar um solzinho - bem-vindo nestes dias gelados - é bom rever também a cúpula redonda do Colégio Militar sobressaindo-se das árvores do canteiro onde a feira acontece.

Na volta pra casa, caminhar pelo canteiro central do Parque Farroupilha - que a esta hora ainda tem pouca gente - "tomando sol na moringa" para tirar o gelo entranhado que teima em permanecer no corpo da gente e, acima de tudo, tentando continuar a ver também por aqui, os encantos que minha cidade tem.

Torino/Turim II
Il Faro della Vittoria

Ainda depois de vermos a beleza da Mole Antonelliana, passearmos pelas imensas vias de Torino e apreciarmos todas as belezas da arquitetura, o vai-e-vem das pessoas (e não eram apenas turistas), na saída da cidade, nos esperava outra bela surpresa:
Il Faro della Vittoria, del Colle della Maddalena (O Farol da Vitória no Morro da Madalena), localizado num ponto estratégico, dentro do Parco della Rimembranza - o Parque da Memória - que, por sua vez, também foi criado para comemorar um feito: o fim da guerra 1915-1918.

Para as comemorações do 10º aniversário da vitória da Italia sobre a Áustria, na Primeira Guerra Mundial, um senador chamado Giovanni Agnelli, sugeriu, em 1928, que fosse esguida esta bela estátua - Faro della Vittoria - para marcar o evento. Com 18,50m de altura (terceira mais alta do mundo), feita em bronze, representa a deusa Vitoria Alada. A estátua foi concebida pelo arquiteto Edoardo Rubino e está voltada para a cidade de onde é vista principalmente à noite pois a tocha que ela segura é iluminada.

O Parque possui 41 hectares de área e em cada uma das 4.000 árvores lá existentes tem um sinal com o nome de um soldado italiano morto durante a guerra. O acesso a ele é gratuito e, durante os meses de calor é muito frequentado pois a visão que se tem da cidade lá de cima, também é estonteante.

Placas explicativas na entrada do Parque

Tesouros da arquitetura nos labirintos do centro de Milão

Como disse Garcia Máquez "a incredulidade resiste mais que a fé, porque os sentidos é que a sustentam". Toda arquitetura em Milão faz com que não acreditemos no que estamos vendo, tal é a beleza, grandiosidade e perfeição. Tudo imenso, over, inacreditável. Coisas que não se esquece jamais tal é a intensidade de sua ação sobre nossos sentidos.

Uma curiosidade/frivolidade feminina:
( mas que alguns homens certamente vão adorar)

Em Milão, que por si só já é polo de moda, tem, como em vários países da Europa os famosos Outlet's e grandes lojas. É o caso da IKEA. Uma empresa sueca de encher os olhos. Aqui no Brasil, similar a ela só a TOK&STOK. Mesmo assim esta perde em quantidade de produtos , pela maneira como são vendidos e pelos preços. Aqui, TOK&STOK é para a classe média abastada. Na IKEA, como li no catálogo 2009 a proposta é diferente: "a nossa maior idéia é o preço mais baixo". Tudo é do tipo "monte você mesmo" daí talvez o preço mais acessível (para quem recebe o salário em Euros, é bom frisar...) e o sucesso de tal empreendimento.

Como qualquer mulher, fiquei encantada vendo tudo de lindo que se pode comprar! Desde simples luvas de borracha para as faxinas domésticas, tesouras, caixinhas para guradar trecos, até móveis, e artigos de cama, mesa, banho e decoração. Enfim, tudo para casa.



Com meus Euros contadinhos/coitadinhos, pude apenas me dar ao luxo de comprar caixas dobráveis para usar no guarda-roupas e mais outra com 4 gavetinhas para decorar e esconder coisas que normalmente ficam soltas pela casa.

Atenção, então mulheres: ao viajarem para Milão, procurem a loja e ENLOUQUEÇAM, como de resto Milão faz enlouquecer. Mas não esqueçam: Milão e dinheiro (e muuuuuito) andam juntos!

Site oficial da empresa


Coisas que Gosto de uma menina chamada Heloisa que fala detalhes interessantes sobre a loja e como ela funciona.

e um comentário de uma leitora,

na página do jornalista Ricardo Noblat, do O Globo

Milão VI

Detalhes da decoração nas paredes do Castelo Sforzesco

Um prato cheio para quem admira este "trabalho silencioso do tempo" as paredes do castelo oferecem um sem-fim de motivos para fotografia. Lina Faria certamente levaria horas registrando o que eu fiz em alguns instantes. De qualquer forma, fiz estas daí pensando em mostrar a ela.

Sombra geométrica

em Pavia

Milão V

Teatro alla Scala

Inaugurado em agosto de 1778 é uma das mais famosas casas de ópera da Europa. Externamente o prédio não chama a atenção. Chega-se a achá-lo acanhado e feioso como lí num comentário sobre o local. Foi realmente esta a minha impressão. Mas se você entrar, ficará pasmo com o tamanho e beleza de seu interior. Palco (o maior do mundo) e platéia com os inúmeros camarotes, enchem os olhos dos visitantes. Um interior magnifico e luxuoso, onde o vermelho e o dourado predominam na decoração, um enorme lustre de cristal com 365 lâmpadas, sob o qual existem 2.015 poltronas para os expectadores.




Localiza-se proximo a uma das saídas da Galeria Vittorio EmanueleII, em frente à Piazza de la Scala onde há um monumento a Leonardo da Vinci.

O visitante ainda pode admirar a exposição de figurinos de algumas óperas que foram apresentadas no teatro como o de Carmen (Bizet), Aida (Guiseppe Verdi) e Manon Lescaut (Giacomo Puccini). Na ante-sala da exposição dos figurinos, uma exposição de documentos importantes como uma carta, datada de 20/10/1770, de Leopold Mozart, irmão de Wolfgang, enviada para sua esposa em Salzbourg, onde ele relata que Mozart obteve sucesso no exame de admissão à Academia Filarmônica de Bolonha.

Uma sala cujo interior é permitido fotografar.

Acesso aos camarotes

Site oficial do Scala

Das coincidências que nos deixam encasquetadas

Coincidência ou não, foi uma sensação muito estranha.
Não me perguntem quando, onde e como, mas sei o nome do meu Anjo da Guarda. Podem ser conhecidos como guia, guardião ou sei lá quantas outras denominações. Mas que eles existem, ah existem mesmo! E o meu, tem asas imensas pois sou sinistra (canhota) atrapalhada e, portanto, perigosa. Ele, com asas tamanho avião modelito Airbus A340, sempre me livrou de perigos maiores pois já segundo o significado de seu nome, " é aquele/aquilo que dá o rumo, a direção".
Pois bem. Quando voltava de uma de minhas incursões pelas vielas de Milão, lá pelas tantas achei que havia me perdido apesar de ter um bom sentido de direção, contraditoriamente ser uma criatura atrapalhada. Parei, pensei em retomar o caminho de ida para voltar, quando olho para o outro lado da rua e vejo nas janelas do edifício em frente, em letras garrafais, o nome dele!
AZIMUT
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bom... depois disso, resolvi seguir em frente pois sabia que ia encontrar o caminho de volta.
A foto está aí pra comprovar a coincidência. Das tantas com as quais nos deparamos pela vida afora.

Vitrines milanesas très charmants

Alfazemas que crescem pela cidade como o capim por aqui.
Aliás, Milão vai sempre ser lembrada por mim acrescida deste detalhe:
ela cheira à Alfazema!

Obs:
Tive que postar isto novamente pois o post original, simplesmente sumiu!!!!!

Torino/Turim
Mole Antonelliana

Maquete da torre

A cidade italiana de Turim, além de ser conhecida como a sede da fábrica de automóveis FIAT, tem, a Mole Antonelliana, cuja excêntrica construção pode-se dizer que equivale à Torre Eiffel de Paris.
É bastante visível, sem um propósito claro além de ser um marco da cidade.
Sua construção se deu entre os anos de 1863 e 1897, projetada pelo arquiteto Alesandro Antonelli - daí seu nome - possuindo 167 metros de altura, encimada por uma agulha de granito, parecendo um pára-raio.
Aliás, de fato, em 1954, um raio atingiu os 47 metros do topo, tendo que ser reconstruído. A construção da Mole exigiu 26 anos e as obras de acabamento ocorreram durante vários anos sob o comando do filho de Antonelli, Constanzo. Entre 1905/1909 o arquiteto Annibale Rigotti realiza a decoração interior.
A Mole - uma "estrutura maciça" - durante um bom tempo o edifício mais alto do mundo - tornou-se o símbolo da unidade italiana e trasnsformada pela comunidade como o Museo do Risorgimento.
A Mole já foi utilizada como salão de exposições e agora é o Museu do Cinema Italiano, criado com a ajuda do cineasta Peter Greenaway.

Vista da cidade. Mais adiante, atrás das montanhas, vê-se os Alpes cobertos de neve
(clique na foto para ver melhor)

Mais informações sobre a Mole você pode ver em: Wikipedia

e fotos, AQUI

Ela poooooooooode!!!
e está na fase do "eu sei fazer!"
e mamãe Célia fazendo pose para comprovar que ela sabe.

(numa pausa pra fugir do calor em Pavia, no meu último dia na Itália)

Protesto e ironia nos muros italianos

Resta saber o que significa "pagherete"

como quem diz: "sou pobre, sim. Mas sou livre!"

Um modelito SMART

estacionado milimetricamente simétrico à porta de um prédio em Pavia

Sacadas floridas
Em Milão, Bergamo, Torino, Lugano e Pavia
(não necessariamente nesta ordem)